A
guerra do Iraque – John Keegan
Essa guerra foi considerada a guerra mais
controversa e inesperada que já ocorreu em todas as guerras que aconteceram nos
tempos modernos. Podemos ver claramente e de fato o formidável e inegável
poderio bélico norte-americano, deixando claro sua posição de superpotência
mundial perante todo o mundo.
A guerra do Iraque é considerada até hoje
como uma guerra misteriosa, já que o “motivo” a qual os Estados Unidos e seus
aliados alegaram pelo ataque, foi que o Iraque estava descumprindo um acordo
com a Ono de não proliferação de armas nucleares, sendo assim necessário uma
ofensiva naquele país. Sendo assim a Ono mandou representantes para o Iraque
para fazer vistoria, descobrindo que não havia nada suspeito no país, porém
mesmo assim o Estados Unidos e os britânicos começaram a ofensiva.
O Iraque se encontra na área mais famosa e
histórica do mundo, a mesopotâmia. Por lá já passaram diversos impérios de todo
o mundo, como o romano, assírio e o próprio Alexandre o Grande e por último os
turcos, onde dominaram por muito tempo e só começaram a ter uma separação do
hoje considerado um país chamado Iraque, no inicio da primeira Guerra Mundial,
em 1914-1918 com o envio de tropas britânicas, que tinham interesse primordial
no petróleo, na estrada do golfo. Os britânicos dominaram o Iraque em 1918, e
em 1922 houve a primeira eleição indireta, e só em 1932 que a Ono aceitou o
Iraque como país soberano e independente. Mesmo após sua independência, o
Iraque só veio a ser uma Democracia depois de 1958, com o partido mais bem aceito
sendo o al-Ikha, que era predominantemente formado por xiitas. O partido rival
dos al-lkha era o partido Baath, e ao decorrer do tempo houve vários conflitos
entre eles, com vários golpes de estado, sendo o ultimo o golpe que colocou
Saddam Hussein como vice-presidente, começando agora a história de um dos
principais personagens da guerra do Iraque.
Os europeus que dominaram o Iraque depois
da Primeira Guerra Mundial, tinham a pretensão de fazer a Renovação do
Islamismo, o que ocasionou na raiva dos povos muçulmanos contra os países
ocidentais (abrindo espaço para Saddam Hussein), além de ser um dos principais
motivos do atentado de 11 de setembro. Saddam Hussein membro do partido Baath e
posteriormente como líder desse partido, aparece em 1958, com possibilidades
baixas na política, por não ser um oficial do exército, ser rude e não ter
contatos. Com fracassos na política, ele ficou indignado, e com uma vontade de
vencer indomável, ele viria a encontrar outro jeito para chegar ao poder, e
conseguiu através da composição da violência e a intriga política, além de usar
principalmente as diferencias religiosas dos habitantes daquele local, fato bem
evidenciado principalmente na revolução de 1958. A Ditadura de Saddam Hussein se
destaca pela restrição da liberdade política, intelectuais, culto à
personalidade de Saddam Hussein, além das terríveis punições sofridas por quem
desobedecessem a suas ordens, adesão a algum partido contrário ou uma critica
ao seu governo. O partido Baath foi criado por Michel Aflaq, e modelado com
base no partido Nazista, e Saddam Hussein era admirador declarado de Stalin, e
esse conjunto de ideologias podem ser responsáveis por essa crueldade imensa.
A ditadura de Saddam Hussein foi marcada
toda por guerras, desde de o inicio do seu poder em 1980 com a guerra contra o
Irã, que através do governo de Aitolá defendia os xiitas que sofriam
perseguições no Iraque, e devido a isto apoiava a resistência xiita, a segunda
foi a guerra do golfo com a anexação do Kuwait em 1990, onde forças da Ono
liderada pelos Estados Unidos atacaram o Iraque de Saddam Hussein, culminando
na derrota do Iraque e sua rendição em 1991, além da Ono colocarem restrições e
isenções no país perdedor. E por último
e não menos importante, a Guerra do Iraque que se iniciou em 2003 e se estende
até hoje, e tendo como principal motivo a quebra do tratado de não proliferação
de armas nucleares, além de terem como motivo secundário o atentado de 11 de
setembro nos Estados Unidos. Os Estados Unidos junto com diversos países a qual
se destacou os britânicos, começaram em 2003 uma ofensiva contra o Iraque, que
rapidamente alcançaram a capital Bagdá, e derrubaram o regime ditatorial que
havia nesse local, com o próximo passo sendo em combater as milícias do Norte
que haviam, e que eram fiéis ao regime de Saddam. A coalizão realizou um
governo provisório para aquele local, até que no final de 2003 Saddam Hussein
foi preso e condenado a morte.
Após a queda da União Soviética e o fim da
Guerra Fria, havia uma crença em uma nova ordem Mundial, a qual agora os dois
blocos (capitalistas e antigos comunistas) liderariam uma ação conjunta contra
a manutenção da paz Mundial, idealizado pelo presidente George Bush (pai).
Porém em 11 de setembro de 2001 ocorreu um atentado terrorista aos Estados
Unidos, atingindo o pentágono e as torres gêmeas, e matando cerca de 3 mil
vidas civis . Esse acontecimento
mudou a política dos Estados Unidos bem como também a mentalidade da população,
pois agora os Estados Unidos estão com uma mentalidade de se defender em
primeiro lugar, e só confiar em países que demonstrem que merecem confiança. E
no contexto do Iraque, havia um sentimento de ódio imenso contra os países
ocidentais, não só do Iraque, como o próprio Irã, e a Coreia do Norte, os
países árabes consideravam os ocidentais impuros, e mereciam a morte, e a
Coreia do Norte ainda tinha um sentimento de revanche a intervenção dos Estados
Unidos na Guerra da Coreia, denominando assim esses 3 países como Eixo do mal, e
considerado um perigo eminente ao ocidente e principalmente os EUA. 2002 e 2003
foi marcado por uma série de acusações que até hoje não foram provadas. Os
Estados Unidos acusaram o Iraque de conter armas nucleares prontas e com a
intensão de atacar o seu país. A Ono em contrapartida realizou uma vistoria no
Iraque e constatou que não havia nada suspeito, porém mesmo assim os EUA
continuaram com suas acusações, e declarou que iria invadir o Iraque. Pediu
ajuda a Inglaterra, que mesmo com muita dificuldade política, ofereceu seu
apoio. A Ono tentou intervir, fazendo uma série de exigências para o Iraque
realizar em 45 e posteriormente 30 dias, porém não atendido por Saddam Hussein,
e então em 2003 a coalizão formada principalmente pelos Estados Unidos e
Inglaterra, invadem o Iraque (fato que deu início a Guerra do Iraque.
Na guerra do golfo em apenas 6 semanas de
ataques aéreos, forças ocidentais destruíram quase todo poderio bélico
Iraquiano, e em 2003 inesperadamente, forças ocidentais, agora também por força
terrestre conseguem em 6 semanas dominar a capital e fazer o inimigo sumir do
campo de batalha, números que lembram o ataque de mais de 10 anos atrás. O
exército do Iraque tinha diminuído muito desde de a guerra do golfo, com os
equipamentos defasados, falta de homens treinados, e devido a isto a força
expedicionária estava convicta de sua superioridade perante o inimigo, não ao ponto
de imaginarem os dados citados acima, mas já tinham essa noção de
superioridade. Embora essa invasão só tivesse ocorrido em 2003, Washington já
em 1995 já esquematizava o plano da Operação Iraque Livre, pois já temia uma
possível insistência de Saddam Hussein em criar armas nucleares. As forças da
coalizão entraram no Iraque através da fronteira do Kuwait rumo a Bagdá com 45
mil homens liderados pelos EUA, uma segunda parte do exército se dirigiria ao
oeste, rumo também a Bagdá, porém de uma direção ainda não conhecida liderado
pelos britânicos. Os americanos conseguiram rapidamente e sem muitas baixas
conquistar Bagdá, tendo sobre posse o aeroporto internacional de Bagdá, quase
tudo estava dentro da área metropolitana. No sul xiita, o contingente britânico
havia tomado a Península de Fao e o Porto de Umm Qasr e, e posteriormente
capturado e ocupado Basra. A monstruosa ditadura de Saddam Hussein estava preste
a terminar.
A Inglaterra desde o final da Segunda
Guerra Mundial foram amigos fervorosos e de imensa consideração dos americanos,
com o exército britânico sendo ainda um exército excepcional, mesmo após as
perdas ocorridas na guerra que acabou de ser citada, ela era e ainda é um
aliado de grande importância, e como os Estados Unidos ajudaram os britânicos
em 1941 através dos aliados, os britânicos não hesitarão em apoiar os
americanos nessa ofensiva contra o Iraque, sendo de extrema importância, com grandes
conquistas realizadas, como a destruição de um prédio que haviam lideres do
partido Baath, e a conquista da cidade de Basra segunda mais importante, a Península
de Fao, Porto de Umm Qasr, o Shatt-el-Arab e o terminais petrolíferos, e tudo
isso com poucas baixas, demonstrando imensa eficiência e realizando todas as
missões designadas. Sua atuação foi excepcional de todos os lados, já que sua
atuação foi bem vista pelos habitantes da cidade de Basra, que ficaram felizes
em ver o regime de Saddam Hussein preste a cair, e deixando bem claro sua
admiração pelos britânicos.
A queda de Bagdá foi rápida e inesperada,
já que a coalizão esperava uma resistência mais forte do exército Iraquiano, pois
seu contingente era consideravelmente menor do que a quantidade de soldados iraquianos.
Porem em pouco mais de 6 semanas a cidade de Bagdá foi ocupada, e sem quase
nenhuma resistência. Quando os soldados da coalizão entraram na cidade, os
cidadãos estavam nas ruas comemorando a chegada dos soldados, e ocorreu um dos episódios
mais marcantes e discutido pela mídia mundial, que foi a derrubada da estátua
que havia na cidade do ditador Saddam Hussein em 9 de abril, com uma enorme
comemoração da população local. Essa reação do povo pode ser explicada devido a
liderança do próprio líder iraquiano, já que ele aterrorizava seus habitantes,
e só tinham uma preocupação, se vingar da das democracias liberais ocidentais.
As Consequências dessa guerra foram poucas
baixas do lado da coalizão, já que do lado dos Estados Unidos foram 122 mortos,
e do lado dos britânicos foram 33 mortos. Já do lado das tropas Iraquianas não
existe um número exato, porem estimasse que foram cerca de milhares de vidas, e
poucas baixas civis. Após a tomada do país pela coalizão, os policias sumiram,
e ocorreram ondas de roubos, os ladrões levavam tudo, entre esses ladrões
estavam os prisioneiros libertados, além da própria população pobre que havia
na região, esses roubos, dificultaram ainda mais a restauração do país. E ao
invés do Iraque receber a democracia e liberdade, o país não conseguiu evoluir
economicamente e surgiram confrontos internos em todo o país. Já os Estados
Unidos conseguiram o controle do petróleo da região, com o Iraque tendo a
segunda maior reserva de petróleo do mundo, além de conseguir ter mais bases
militares no oriente médio. Os mulçumanos tiveram a confirmação do medo que
tinham em um dia o ocidente usar sua superioridade militar contra eles, a
Europa não conseguiu mesmo juntos se opor, em pé de igualdade, aos Estados
Unidos, sendo humilhados a não conseguir conter a guerra.
A guerra do Iraque pode ser realmente
considerada uma guerra misteriosa já que mesmo após 10 anos de ocorrido, nunca
foi comprovado a existência de armas nucleares no Iraque. Podemos concluir
também a superioridade das potencias ocidentais perante os exércitos
muçulmanos, em especial os Iraquianos, já que em menos de 6 semanas foi
conquistada a capital daquele país. Podemos citar também o poder de influência
dos americanos, e a excepcional movimentação, organização e sincronização da
coalizão, formados pelos Estados Unidos e a Inglaterra, que conseguiram
conquistas todos os objetivos planejados e com pequenas baixas em suas tropas.
Embora o Iraque não tenha conseguidos encontrar o caminho da democracia e
liberdade tão valorizada pelos países ocidentais, e tenha entrados em uma
extrema desordem e com guerras em todos os lugares, a ofensiva da coalizam foi
considerado um sucesso, e demonstra o que precisa ser feito para garantir a
segurança do planeta do que qualquer conjunto de leis ou tratados a serem
produzidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário