domingo, 24 de junho de 2018

Resumo Resenha do Livro "A Guerra do Iraque - John Keegan"


A guerra do Iraque – John Keegan

Essa guerra foi considerada a guerra mais controversa e inesperada que já ocorreu em todas as guerras que aconteceram nos tempos modernos. Podemos ver claramente e de fato o formidável e inegável poderio bélico norte-americano, deixando claro sua posição de superpotência mundial perante todo o mundo.
A guerra do Iraque é considerada até hoje como uma guerra misteriosa, já que o “motivo” a qual os Estados Unidos e seus aliados alegaram pelo ataque, foi que o Iraque estava descumprindo um acordo com a Ono de não proliferação de armas nucleares, sendo assim necessário uma ofensiva naquele país. Sendo assim a Ono mandou representantes para o Iraque para fazer vistoria, descobrindo que não havia nada suspeito no país, porém mesmo assim o Estados Unidos e os britânicos começaram a ofensiva.
O Iraque se encontra na área mais famosa e histórica do mundo, a mesopotâmia. Por lá já passaram diversos impérios de todo o mundo, como o romano, assírio e o próprio Alexandre o Grande e por último os turcos, onde dominaram por muito tempo e só começaram a ter uma separação do hoje considerado um país chamado Iraque, no inicio da primeira Guerra Mundial, em 1914-1918 com o envio de tropas britânicas, que tinham interesse primordial no petróleo, na estrada do golfo. Os britânicos dominaram o Iraque em 1918, e em 1922 houve a primeira eleição indireta, e só em 1932 que a Ono aceitou o Iraque como país soberano e independente. Mesmo após sua independência, o Iraque só veio a ser uma Democracia depois de 1958, com o partido mais bem aceito sendo o al-Ikha, que era predominantemente formado por xiitas. O partido rival dos al-lkha era o partido Baath, e ao decorrer do tempo houve vários conflitos entre eles, com vários golpes de estado, sendo o ultimo o golpe que colocou Saddam Hussein como vice-presidente, começando agora a história de um dos principais personagens da guerra do Iraque.
Os europeus que dominaram o Iraque depois da Primeira Guerra Mundial, tinham a pretensão de fazer a Renovação do Islamismo, o que ocasionou na raiva dos povos muçulmanos contra os países ocidentais (abrindo espaço para Saddam Hussein), além de ser um dos principais motivos do atentado de 11 de setembro. Saddam Hussein membro do partido Baath e posteriormente como líder desse partido, aparece em 1958, com possibilidades baixas na política, por não ser um oficial do exército, ser rude e não ter contatos. Com fracassos na política, ele ficou indignado, e com uma vontade de vencer indomável, ele viria a encontrar outro jeito para chegar ao poder, e conseguiu através da composição da violência e a intriga política, além de usar principalmente as diferencias religiosas dos habitantes daquele local, fato bem evidenciado principalmente na revolução de 1958. A Ditadura de Saddam Hussein se destaca pela restrição da liberdade política, intelectuais, culto à personalidade de Saddam Hussein, além das terríveis punições sofridas por quem desobedecessem a suas ordens, adesão a algum partido contrário ou uma critica ao seu governo. O partido Baath foi criado por Michel Aflaq, e modelado com base no partido Nazista, e Saddam Hussein era admirador declarado de Stalin, e esse conjunto de ideologias podem ser responsáveis por essa crueldade imensa.
A ditadura de Saddam Hussein foi marcada toda por guerras, desde de o inicio do seu poder em 1980 com a guerra contra o Irã, que através do governo de Aitolá defendia os xiitas que sofriam perseguições no Iraque, e devido a isto apoiava a resistência xiita, a segunda foi a guerra do golfo com a anexação do Kuwait em 1990, onde forças da Ono liderada pelos Estados Unidos atacaram o Iraque de Saddam Hussein, culminando na derrota do Iraque e sua rendição em 1991, além da Ono colocarem restrições e isenções no país perdedor.  E por último e não menos importante, a Guerra do Iraque que se iniciou em 2003 e se estende até hoje, e tendo como principal motivo a quebra do tratado de não proliferação de armas nucleares, além de terem como motivo secundário o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos. Os Estados Unidos junto com diversos países a qual se destacou os britânicos, começaram em 2003 uma ofensiva contra o Iraque, que rapidamente alcançaram a capital Bagdá, e derrubaram o regime ditatorial que havia nesse local, com o próximo passo sendo em combater as milícias do Norte que haviam, e que eram fiéis ao regime de Saddam. A coalizão realizou um governo provisório para aquele local, até que no final de 2003 Saddam Hussein foi preso e condenado a morte.
Após a queda da União Soviética e o fim da Guerra Fria, havia uma crença em uma nova ordem Mundial, a qual agora os dois blocos (capitalistas e antigos comunistas) liderariam uma ação conjunta contra a manutenção da paz Mundial, idealizado pelo presidente George Bush (pai). Porém em 11 de setembro de 2001 ocorreu um atentado terrorista aos Estados Unidos, atingindo o pentágono e as torres gêmeas, e matando cerca de 3 mil vidas civis       . Esse acontecimento mudou a política dos Estados Unidos bem como também a mentalidade da população, pois agora os Estados Unidos estão com uma mentalidade de se defender em primeiro lugar, e só confiar em países que demonstrem que merecem confiança. E no contexto do Iraque, havia um sentimento de ódio imenso contra os países ocidentais, não só do Iraque, como o próprio Irã, e a Coreia do Norte, os países árabes consideravam os ocidentais impuros, e mereciam a morte, e a Coreia do Norte ainda tinha um sentimento de revanche a intervenção dos Estados Unidos na Guerra da Coreia, denominando assim esses 3 países como Eixo do mal, e considerado um perigo eminente ao ocidente e principalmente os EUA. 2002 e 2003 foi marcado por uma série de acusações que até hoje não foram provadas. Os Estados Unidos acusaram o Iraque de conter armas nucleares prontas e com a intensão de atacar o seu país. A Ono em contrapartida realizou uma vistoria no Iraque e constatou que não havia nada suspeito, porém mesmo assim os EUA continuaram com suas acusações, e declarou que iria invadir o Iraque. Pediu ajuda a Inglaterra, que mesmo com muita dificuldade política, ofereceu seu apoio. A Ono tentou intervir, fazendo uma série de exigências para o Iraque realizar em 45 e posteriormente 30 dias, porém não atendido por Saddam Hussein, e então em 2003 a coalizão formada principalmente pelos Estados Unidos e Inglaterra, invadem o Iraque (fato que deu início a Guerra do Iraque.
Na guerra do golfo em apenas 6 semanas de ataques aéreos, forças ocidentais destruíram quase todo poderio bélico Iraquiano, e em 2003 inesperadamente, forças ocidentais, agora também por força terrestre conseguem em 6 semanas dominar a capital e fazer o inimigo sumir do campo de batalha, números que lembram o ataque de mais de 10 anos atrás. O exército do Iraque tinha diminuído muito desde de a guerra do golfo, com os equipamentos defasados, falta de homens treinados, e devido a isto a força expedicionária estava convicta de sua superioridade perante o inimigo, não ao ponto de imaginarem os dados citados acima, mas já tinham essa noção de superioridade. Embora essa invasão só tivesse ocorrido em 2003, Washington já em 1995 já esquematizava o plano da Operação Iraque Livre, pois já temia uma possível insistência de Saddam Hussein em criar armas nucleares. As forças da coalizão entraram no Iraque através da fronteira do Kuwait rumo a Bagdá com 45 mil homens liderados pelos EUA, uma segunda parte do exército se dirigiria ao oeste, rumo também a Bagdá, porém de uma direção ainda não conhecida liderado pelos britânicos. Os americanos conseguiram rapidamente e sem muitas baixas conquistar Bagdá, tendo sobre posse o aeroporto internacional de Bagdá, quase tudo estava dentro da área metropolitana. No sul xiita, o contingente britânico havia tomado a Península de Fao e o Porto de Umm Qasr e, e posteriormente capturado e ocupado Basra. A monstruosa ditadura de Saddam Hussein estava preste a terminar.
A Inglaterra desde o final da Segunda Guerra Mundial foram amigos fervorosos e de imensa consideração dos americanos, com o exército britânico sendo ainda um exército excepcional, mesmo após as perdas ocorridas na guerra que acabou de ser citada, ela era e ainda é um aliado de grande importância, e como os Estados Unidos ajudaram os britânicos em 1941 através dos aliados, os britânicos não hesitarão em apoiar os americanos nessa ofensiva contra o Iraque, sendo de extrema importância, com grandes conquistas realizadas, como a destruição de um prédio que haviam lideres do partido Baath, e a conquista da cidade de Basra segunda mais importante, a Península de Fao, Porto de Umm Qasr, o Shatt-el-Arab e o terminais petrolíferos, e tudo isso com poucas baixas, demonstrando imensa eficiência e realizando todas as missões designadas. Sua atuação foi excepcional de todos os lados, já que sua atuação foi bem vista pelos habitantes da cidade de Basra, que ficaram felizes em ver o regime de Saddam Hussein preste a cair, e deixando bem claro sua admiração pelos britânicos.
A queda de Bagdá foi rápida e inesperada, já que a coalizão esperava uma resistência mais forte do exército Iraquiano, pois seu contingente era consideravelmente menor do que a quantidade de soldados iraquianos. Porem em pouco mais de 6 semanas a cidade de Bagdá foi ocupada, e sem quase nenhuma resistência. Quando os soldados da coalizão entraram na cidade, os cidadãos estavam nas ruas comemorando a chegada dos soldados, e ocorreu um dos episódios mais marcantes e discutido pela mídia mundial, que foi a derrubada da estátua que havia na cidade do ditador Saddam Hussein em 9 de abril, com uma enorme comemoração da população local. Essa reação do povo pode ser explicada devido a liderança do próprio líder iraquiano, já que ele aterrorizava seus habitantes, e só tinham uma preocupação, se vingar da das democracias liberais ocidentais.
As Consequências dessa guerra foram poucas baixas do lado da coalizão, já que do lado dos Estados Unidos foram 122 mortos, e do lado dos britânicos foram 33 mortos. Já do lado das tropas Iraquianas não existe um número exato, porem estimasse que foram cerca de milhares de vidas, e poucas baixas civis. Após a tomada do país pela coalizão, os policias sumiram, e ocorreram ondas de roubos, os ladrões levavam tudo, entre esses ladrões estavam os prisioneiros libertados, além da própria população pobre que havia na região, esses roubos, dificultaram ainda mais a restauração do país. E ao invés do Iraque receber a democracia e liberdade, o país não conseguiu evoluir economicamente e surgiram confrontos internos em todo o país. Já os Estados Unidos conseguiram o controle do petróleo da região, com o Iraque tendo a segunda maior reserva de petróleo do mundo, além de conseguir ter mais bases militares no oriente médio. Os mulçumanos tiveram a confirmação do medo que tinham em um dia o ocidente usar sua superioridade militar contra eles, a Europa não conseguiu mesmo juntos se opor, em pé de igualdade, aos Estados Unidos, sendo humilhados a não conseguir conter a guerra.
A guerra do Iraque pode ser realmente considerada uma guerra misteriosa já que mesmo após 10 anos de ocorrido, nunca foi comprovado a existência de armas nucleares no Iraque. Podemos concluir também a superioridade das potencias ocidentais perante os exércitos muçulmanos, em especial os Iraquianos, já que em menos de 6 semanas foi conquistada a capital daquele país. Podemos citar também o poder de influência dos americanos, e a excepcional movimentação, organização e sincronização da coalizão, formados pelos Estados Unidos e a Inglaterra, que conseguiram conquistas todos os objetivos planejados e com pequenas baixas em suas tropas. Embora o Iraque não tenha conseguidos encontrar o caminho da democracia e liberdade tão valorizada pelos países ocidentais, e tenha entrados em uma extrema desordem e com guerras em todos os lugares, a ofensiva da coalizam foi considerado um sucesso, e demonstra o que precisa ser feito para garantir a segurança do planeta do que qualquer conjunto de leis ou tratados a serem produzidos.

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